Leads monofônicos, bend e pedal damper

Monofônico é um timbre que é capaz de emitir apenas uma nota de cada vez. Alguns instrumentos são monofônicos por natureza, como os instrumentos de sopro, a voz e o theremin (uma espécie de antecessor dos sintetizadores).

Num timbre de teclado monofônico, quando se segura uma nota e pressiona outra, a primeira nota deixa de soar e a segunda fica sozinha. O mini-moog é um teclado criado durante a década de 60 que era capaz de emitir apenas uma nota de cada vez. Posteriormente, os teclados eletrônicos passariam a ser polifônicos (podendo emitir várias notas).

Existem dois tipos de monofonia: aquela em que o timbre emite novamente todo seu som (o ataque do início) e aquela em que o timbre continua emitindo o som exatamente da forma em que estava, apenas mudando a nota.   Por exemplo, se o volume de um timbre tende a sumir conforme o tempo, ele não sumiria na primeira opção. Na segunda, ele sumiria.

Ainda assim, a sonoridade característica da monofonia e a impossibilidade das notas “embolarem” fez com que os fabricantes de teclados passassem a utiliza-la como um recurso na construção de timbres. Hoje, a maioria dos teclados pode emitir até 64 notas simultaneamente e alguns chegam a 128 notas. O tipo de timbre de teclado monofônico mais comum é o lead, que é ideal para solos ou frases.

Um recurso chamado portamento faz com que quando duas notas diferentes sejam pressionadas, exista um caminho melódico entre elas. Ele é usado em muitos sons monofônicos (mas que também pode ser usado em timbres polifônicos). Outra forma de se obter um “caminho” entre notas é através do pitch bend, que faz uma descida ou subida de tons. É um recurso bastante interessante para melhorar a interpretação num timbre monofônico, especialmente pelo fato de geralmente uma das mãos ficar livre ao usar esse tipo de som.

Por exemplo, numa frase com as notas C e G usando portamento, ao pressionar G não se ouvirá automaticamente a nota G, mas se ouvira um som partindo do C e chegando até o G. A velocidade com a qual esse caminho é percorrido é um parâmetro que pode ser modificado pelo tecladista.

Durante a execução de um solo, o tecladista pode acionar o pedal de damper para obter maior precisão. Como o teclado emite apenas uma nota por vez, o damper fará apenas com que todos os espaços sejam preenchidos pela última nota executada (porém, sem que ela continue soando quando outra for pressionada).

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